quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Trailer da Semana - Inovacine no Museu Filme: O Outro Lado da Rua

Filme: O Outro Lado da Rua (Brasil, 2004)
Direção: Marcos Bernstein
Duração: 97 min
Gênero: Drama
Classificação Etária: 12 anos

Sinopse: Regina (Fernanda Montenegro) é uma mulher de 65 anos de sinceridade excessiva e ironia incontida, que vive em Copacabana com sua cachorrinha vira-lata. Para esquecer a solidão e se distrair ela participa de um serviço da polícia, no qual aposentados denunciam pequenos delitos. Em uma noite de abandono, “fiscalizando” com seu binóculo o que acontece nos prédios do outro lado da rua, Regina presencia o que lhe parece ser um homem matando sua mulher com uma injeção letal. Ela chama a polícia, mas o óbito é dado como morte natural. Desmoralizada, Regina resolve provar que estava certa e acaba se envolvendo com o suposto assassino.


Quando: 07 de outubro, sexta-feira, 19:00
Onde: Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira - MAC
Quanto: Gratuito!

Capacidade: 50 lugares

Informações: (75) 3223-7033 | 8109-0409 | 9189-9942

Realização: Coletivo Inovacine
Apoio: MAC - UEFS - NIT-UEFS - ATRH-UEFS

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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Curta Inovacine [Especial Fernanda Montenegro] - 'Trancado por Dentro', de Arthur Fontes

Informações Técnicas
Duração: 13'
País de Origem: Brasil (1989)
Gênero: Drama | Suspense
Direção: Arthur Fontes

Com Fernanda Montenegro, Luciana Vendramini, Marcos Palmeira, Paulo Gracindo

Sinopse
"Trancado por Dentro" é um curta-metragem de suspense dos anos 80, e conta a história de Cacau (Luciana Vendramini), uma garota que é contratada por Ivete (Fernanda Montenegro) para cuidar de seu marido, Boris (Paulo Gracindo), um senhor tetraplégico que é, aparentemente, completamente catatônico, vivendo entre a realidade e a imaginação. Revelando suas angústias trancado em seu próprio universo.

Pelo que parece, a história original foi escrita por Bruce Jones, que foi publicada em sua revista "Twisted Tales", número 07, em meados dos anos 80. Apesar de ter sido uma produção de baixo orçamento, Arthur Fontes conseguiu ponderar a pseudo realidade com momentos de suspense genuínos e um final surpreendente.



Fonte: Porta Curtas Petrobras

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Com nova peça e filme, Fernanda Montenegro avalia Dilma e Ana de Hollanda

Atriz entra em cartaz em 'Viver Sem Tempos Mortos' como Simone de Beauvoir
05 de outubro de 2011 | 19h 32
por Ubiratan Brasil - O Estado de S. Paulo

Veja também: Fernanda Montenegro dá força ao pensamento de Simone de Beauvoir

Márcio Fernandes/AE

Em algumas semanas, Fernanda Montenegro começa a rodar um novo filme, A Primeira Missa, projeto que a cineasta Ana Carolina acalenta há vários anos e agora, finalmente, conseguiu financiamento ao menos para filmar. “Vou interpretar uma ministra da Cultura”, diz a atriz ao Estado, com um sorriso maroto. “Mas ainda não comecei a preparação do personagem, portanto, não sei que perfil vai ter.”

Com isso, ela entra com gentileza no tema evidente: a atuação de Ana de Hollanda à frente da pasta. “Ela tem a confiança da presidente Dilma Rousseff, mas o ministério parece estar inativo há muito tempo. Por que não faz algo? Porque falta consenso. Com isso, todo o complexo cultural do País está parado”, afirma.

O impasse curiosamente deverá ser repetido no filme de Ana Carolina, em que a ministra vivida por Fernanda terá de decidir sobre financiar a produção de um longa em que será representada a primeira missa realizada em território brasileiro, em 26 de abril de 1500. “Ana Carolina é uma cineasta talentosa e, na trama, a dúvida dos portugueses sobre se estão certos em apostar em uma terra nova, e não nas Índias, surge no mesmo momento em que a equipe se questiona se terá dinheiro para terminar aquele filme.”

Questões sobre poder, exercido por homens e mulheres, de uma certa forma se relacionam com o motivo do encontro da reportagem com a grande dama das artes nacionais: ela reestreia, no sábado, no Teatro Raul Cortez, o monólogo Viver Sem Tempos Mortos, que teve curta, mas intensa, temporada em São Paulo, em 2009. Durante aproximadamente uma hora, Fernanda apresenta uma compilação do pensamento de Simone de Beauvoir (1908-1986), a filósofa francesa que se transformou em ícone do feminismo e foi parceira de outro célebre pensador, Jean-Paul Sartre.

Para que a força das ideias atinja diretamente o público, o diretor Felipe Hirsch optou por uma encenação limpa, com cenário e figurino austeros, iluminação comedida, trilha sonora apenas para pontuar - tudo em função da palavra, para que o pensamento se sobressaia. “Simone dizia não querer que a mulher tomasse o poder dos homens, mas que se destruísse a ideia de dominação”, comenta a atriz, que recusou ser ministra de dois presidentes, José Sarney e Itamar Franco.

Fonte: Estadão.com.br

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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Trailer da Semana - Inovacine no Museu Filme: Meu Tio

Filme: Meu Tio (Mon Oncle, França, 1958)
Direção: Jacques Tati
Duração: 116 min
Gênero: Comédia
Classificação Etária: Livre

Sinopse: Em meio aos avanços da época, solteirão descontraído e vagabundo conquista a amizade do sobrinho mostrando as coisas simples da vida. Mas enfrenta os cuidados da irmã e do cunhado que querem vê-lo casado e trabalhando. Crítica à modernização e celebração das coisas simples que ainda podem existir nas grandes cidades. Meu Tio venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes.



Quando: 07 de outubro, sexta-feira, 19:00
Onde: Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira - MAC Quanto: Gratuito!

Capacidade: 50 lugares

Informações: (75) 3223-7033 | 8109-0409 | 9189-9942

Realização: Coletivo Inovacine
Apoio: MAC - UEFS - NIT-UEFS - ATRH-UEFS

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Feir'Acontece - Coletivo Inovacine participará do lançamento da Antologia Rabiscos

Coletânea apresentará trabalhos de sete jovens artistas baianos e iniciará turnê de lançamento no Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana



No dia 21 de outubro (sexta-feira), a partir das 19 horas, o Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira (MAC) receberá o lançamento da Antologia Rabiscos de Desenho e Arte Contemporânea.

O livro, que será distribuído gratuitamente, apresenta seleção de trabalhos de sete jovens artistas baianos que transitam entre diversas linguagens gráficas, tendo como expressão principal o desenho. Foram escolhidos quatro artistas provenientes do interior da Bahia – Marcio Junqueira, Don Guto, Carol Belmondo e Zé de Rocha – e três desenhistas soteropolitanos – Daiane Oliveira, Bruno Marcello e Davi Caramelo. As artes presentes na coletânea estão divididas em duas seções: uma que apresenta trabalhos coloridos e outra que reúne obras em preto-e-branco e tons de cinza, resultando em mais de quarenta desenhos reunidos nas cem páginas da edição.

Colaborou com a capa da Antologia Rabiscos o veterano artista argentino Jorge Abel Galeano, que também ilustrou as páginas que abrem e fecham a seção de trabalhos coloridos. O crítico de arte e pesquisador Leandro Furtado assina o texto de posfácio.

Numa parceria com o Coletivo Inovacine, o lançamento contará com exibição do longa “O Mágico” (L'Illusioniste, França/Inglaterra, 2011), de Sylvain Chomet. Além disso, haverá discotecagem com o DJ Don Maths e oficina de desenho da artista Carol Belmondo. As inscrições para a oficina serão feitas através do blog http://www.antologiarabiscos.wordpress.com

Após o lançamento em Feira de Santana, a Antologia Rabiscos segue para lançamento e realização de oficinas em mais dois espaços: no dia 27/10, no Solar do Biju, em Santo Amaro, com oficina de Zé de Rocha; e no dia 28/10, no Pouso da Palavra, em Cachoeira, desta vez com oficina de Bruno Marcello. Mais novidades sobre os lançamentos podem ser vistas no blog do projeto.

A Antologia Rabiscos é um projeto editorial ligado à Coleção Rabiscos, editada pelo Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira. Nascida em 2010, a Coleção Rabiscos publica pocket books de desenho. Esta antologia aposta num formato maior e com melhor acabamento, que procura ampliar o alcance e divulgação das artes visuais baianas.

O projeto da Antologia Rabiscos é apoiado e financiado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), possui apoio do MAC e da Balão de 2 – Narrativas e Arte Sequencial.

O quê: Lançamento da Antologia Rabiscos de Desenho e Arte Contemporânea + Oficina de Desenho + Exibição do longa “O Mágico” (Coletivo Inovacine) + Discotecagem com DJ Don Maths

Quando: 21/10/2011 (sexta-feira) A partir das 19:00, exceto a Oficina de Desenho que acontecerá das 14:00 -17:00.

Onde: Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira - MAC - Rua Geminiano Costa, n°255, Centro, ao lado da Biblioteca Municipal Arnold F. Silva

Quanto: Gratuito

Inscrição na oficina e contato sobre o evento:

Telefones: (75) 8231-8552

blog: http://www.antologiarabiscos.wordpress.com

facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100003014071258

Texto extraído do blog Antologia Rabiscos (Adaptado)

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

BRAVO, Inovacine! - Thomas Vinterberg e Lars Von Trier: Os Ateus Novos

Em 1995, os dinamarqueses Thomas Vinterberg e Lars Von Trier lançaram o manifesto “Dogma”. Seus dois filmes mais recentes, “Submarino” e “Melancolia”, permitem aferir o quanto eles se afastaram do movimento.
por José Geraldo Couto


Uma década e meia depois do Dogma 95, o cinema dinamarquês volta a espalhar a sua peçonha. O exemplar mais recente da safra é Submarino, de Thomas Vinterberg, um dos autores do célebre manifesto, ao lado do ciclotímico Lars Von Trier. Recém-lançado no Brasil, pouco depois de Melancolia, último rebento de Von Trier, o vigoroso Submarino de Vinterberg lança a questão: o que restou dos princípios do Dogma no cinema de seus dois idealizadores? Estavam certos os críticos que viram no manifesto apenas uma jogada de marketing? Ou seus preceitos de fato ajudaram a renovar a produção contemporânea?

Relembrando o que, há 16 anos, foi considerado uma revolução. O Dogma 95 listava preceitos rígidos: as filmagens tinham que ser feitas em locação (cenas em estúdio estavam proibidas), com câmera na mão; a única música permitida era a produzida em cena, dentro da história narrada; não podia haver nenhuma iluminação especial (no máximo, uma lâmpada em cima da câmera); efeitos artificiais, nem pensar. A rigor, poucos filmes seguiram à risca esse caderninho de regras espartanas. Mesmo os mais radicais do movimento – Festa de Família, de Vinterberg, e Os Idiotas, de Von Trier, ambos de 1998 – transgrediram algumas delas aqui e ali.

Entre os lançamentos recentes, Submarino é o mais fiel ou, no mínimo, o que menos se distancia da cartilha anunciada em 1995. No filme, o tema do abandono infantil – aliás, recorrente no atual cinema do país – é explorado de maneira quase clínica. A narrativa se divide em três partes. Na primeira, dois meninos negligenciados pela mãe junkie e alcoólatra são obrigados a cuidar do irmãozinho bebê. As outras duas partes mostram o que acontece com os dois na vida adulta. Ainda que a cena final possa sugerir uma nesga de esperança, Vinterberg não alivia: sua visão é sombria e angustiada. O retrato que ele faz do mundo é o de um lugar inóspito, ameaçador, povoado por gente solitária e doente de corpo e alma.

Mal-estar nórdico

Já Melancolia é, de todos os recentes filmes dinamarqueses – incluindo o oscarizado Em um Mundo Melhor, de Susanne Bier, e Tudo Ficará Bem, de Christoffer Boe –, o que mais se afasta dos mandamentos do manifesto. Vamos combinar: o que seria do longa de Von Trier sem a música de Wagner (da ópera Tristão e Isolda)? E sem a câmera lentíssima do prólogo, sem as fusões, sobreimpressões e efeitos que criam a atmosfera onírica que domina a obra? É esse arsenal de recursos “proibidos” que permite a Von Trier conferir ao drama de seus personagens uma dimensão cósmica e até metafísica. Em Melancolia, a desesperança assume tintas literalmente apocalípticas.

Talvez a radicalidade ascética do Dogma 95, bem como a estridência da sua divulgação, tenha sido necessária para sacudir um cinema internacional que tendia para a estagnação e a esclerose criativa, disfarçada pela perfeição técnica. Mas foi como rompante juvenil, uma destemperada revolta adolescente – embora Von Trier já tivesse quase 40 anos e meia dúzia de longas no currículo. Hoje, assentada a poeira da polêmica, os cineastas dinamarqueses parecem dispostos a lançar mão das mais diferentes formas narrativas que o cinema comporta, do melodrama (Em um Mundo Melhor) à fantasia apocalíptica (Melancolia), passando pelo falso thriller (Tudo Ficará Bem) e pela tragédia familiar (Submarino), para expressar sua angústia diante dos destinos humanos.

Pois o que esses filmes tão diferentes parecem transmitir, em conjunto, é o profundo mal-estar da civilização nórdica, a mesma que produziu a filosofia do dinamarquês Soren Kierkegaard, o teatro do norueguês Henrik Ibsen, o cinema do sueco Ingmar Bergman – e os atentados sangrentos do dinamarquês Anders Behring Breivik, que não tinha entrado na história.

José Geraldo Couto é crítico de cinema, tradutor e assina o http://blogdozegeraldo.wordpress.com/

Disponível no sítio: http://bravonline.abril.com.br


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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Curta Inovacine - 'Café com Leite', de Daniel Ribeiro [Completo]

'Café com Leite' (You, Me and Him, Brasil, 2007, 18')

Parte 01 - Duração: 9'55"
Parte 02 - Duração: 8'12"

Danilo estava prestes a sair de casa para ir morar com seu namorado, Marcos, quando seus pais morrem num acidente. Seus planos para o futuro mudam quando ele se torna responsável pelo irmão caçula, Lucas. Novos laços são criados entre estes três jovens garotos. Enquanto os irmãos Danilo e Lucas precisam descobrir tudo que não sabiam um sobre o outro, Marcos tenta encontrar seu lugar naquela nova relação familiar. Entre vídeo-games e copos de leite, dor e decepção, eles precisam aprender a viver juntos.

Roteiro e Direção: Daniel Ribeiro

Produção Executiva : Diana Almeida

Fotografia: Pierre de Kerchove

Direção de Arte: Mônica Palazzo

Montagem: Rafael Gomes

Edição de Som: Daniel Turini e Simone Alves

Trilha Sonora: Thiago Chasseraux

Produção de Elenco: Alice Wolfenson

Elenco: Daniel Tavares, Diego Torraca, Eduardo Melo

Disponível no sítio: http://www.youtube.com/user/danielribeiroII




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sábado, 1 de outubro de 2011

TV Olhos D’Água e Coletivo Inovacine promovem a Mostra InovaCurtas


Com o objetivo de reunir os mais diversos públicos em torno do audiovisual e abrir espaço para novos produtores, a TV Olhos D’Água e o Coletivo Inovacine realizarão entre os dias 09 e 11 de novembro a Mostra InovaCurtas. Com participação aberta a pessoas físicas de qualquer lugar do país, a mostra será realizada em parceria com o Centro de Cultura Amélio Amorim – CCAAm, Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira – MAC, locais onde serão exibidos os vídeos selecionados, e com o apoio do Feira Coletivo Cultural.

Os interessados poderão inscrever um ou dois vídeos, de até 15 minutos, com tema livre. As inscrições estarão abertas de 03 a 21 de outubro de 2011 e poderão ser realizadas presencialmente, de segunda a sexta, das 09:00 às 12:00 e das 14:30 às 18:00, na sede TV Olhos D’Água (Centro Administrativo Universitário II – Campus da UEFS), ou através dos Correios, encaminhadas para o endereço: TV Olhos D’Água – Av. Transnordestina, s/n, Novo Horizonte, Feira de Santana – Bahia, CEP 44036-900.

Maiores informações e o regulamento completo estão disponíveis no site: http://tvolhosdagua.uefs.br/colunas.html

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Minicurso "O Expressionismo Alemão"


O Coletivo Inovacine, com o apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica – NIT-UEFS, e da Assessoria Técnica de Recursos Humanos da UEFS, realizará no dia 19 de outubro, quarta-feira, às 14:00, um minicurso intitulado O Expressionismo Alemão, com carga-horária de 04 horas, a ocorrer na Sala de Treinamento de RH - CAU 3, no Campus da UEFS . A aula será conduzida pela Profa. Gizelda Alves, Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, mestra em Sociologia e Ciência da Comunicação pela Philipps Universität Marburg – Alemanha, e doutoranda em Teoria, Análise e História de Cinema nessa mesma Universidade.

O Expressionismo se configurou como um acontecimento cultural na Alemanha, presente nas artes gráficas, na pintura, na escultura, na literatura, no teatro, na música, na dança e no cinema, e adotou formas radicais, as quais a expressão do sentimento apresenta mais relevância que a razão. O cinema na Alemanha, nas décadas de 20 e 30, foi marcado por nomes como Robert Wiene, Friedrich Murnau, Fritz Lang, Arthur Robinson, Karl Grune, Paul Leri, que não só produziram obras de grande peso para o cinema alemão, como foram responsáveis por um estilo cinematográfico até então nunca visto. Esses realizadores traziam em seus filmes uma nova concepção estética, aliando a cinematografia aos movimentos artísticos mais revolucionários da época, e naquele momento nascia a escola expressionista no cinema.

A partir dessas concepções, a Profa. Gizelda Alves pretende rever e analisar diversas cenas e sequências de algumas obras-primas que marcaram essa fase da história do cinema. Com isso, será abordado um conjunto de fatores que tem seu referencial na história da Alemanha e que influenciou o expressionismo, e serão salientados nomes de realizadores que consolidaram o cinema expressionista. Nessa perspectiva, a professora afirmou que: “A escolha desse tema dar-se à importância dos recursos estéticos da cinematografia expressionista, que a cada década, ao longo da história do cinema, vem consolidando a imortalidade dessa escola.”

O minicurso será realizado em duas partes, na primeira haverá a apresentação de um filme de longa-metragem, referência do expressionismo alemão. Logo a seguir, no segundo momento, através de uma aula expositiva, serão apresentadas sequências de alguns outros filmes do cinema expressionista. Os interessados em participar do minicurso deverão realizar inscrição através do e-mail inovacine@gmail.com, encaminhado no corpo do texto os seguintes dados: Nome completo, telefone para contato, formação, curso ou cargo, e instituição ou entidade a qual representa, preenchendo o campo Assunto com a palavra Inscrição. Maiores informações através dos telefones: (75) 8109-0409 ou 9189-9942. As vagas são limitadas e haverá emissão de certificados aos participantes.

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Hitchcock: mestre do suspense mandou bem nos anos 30

Por Marcos Pierry
Do site Bahia na Rede




Infelizmente sem previsão de aportar na Bahia, uma mostra completa dos filmes de Alfred Hitchcock (1899-1980), realizada em junho e julho no eixo Rio-São Paulo, criou a possibilidade de um interessante laboratório em torno do universo do mestre do suspense. É sempre um regalo para o cinéfilo ver em tela grande, projetados em 35mm, os grandes filmes do diretor, algo a que não se tinha acesso faz tempo.

Saborear todos os 54 longas de Hitchcock, sem contar os curtas, filmes inacabados e séries de TV, mais que um banquete de entretenimento, é ter a chance da imersão na obra de um artista prolífico, original e de inquietude singular; mas que às custas de uma idolatria, justificada até, acabou por tornar-se refém de uma visão por demais esquemática, que na verdade representa apenas dois momentos, reconhecidamente brilhantes, de uma trajetória a confundir-se com a do próprio cinema.

Então, no geral, temos por um lado o Hitchcock europeu dos anos 20, aprendiz de Murnau, promessa-de-gênio que já produz excelências como O Inquilino ou Chantagem e Confissão; e por outro o consagrado gigante do cinema norte-americano dos anos 50 e 60, realizador dos impecáveis Um Corpo que Cai, Janela Indiscreta e Psicose, plataforma da política dos autores de Truffaut, Chabrol e companhia – e, claro, bom de bilheteria.

Fica faltando um olhar mais atento à filmografia que ele assina ao longo da década de 30. A pequena parcela que pude acompanhar da caudalosa retrospectiva leva a arriscar que nesse período já tínhamos um profissional de cinema completo, não somente hábil no manejo das técnicas empregadas à cine-narrativa, mas também pronto a incorporar a banda sonora a uma linguagem até há pouco silenciosa, detentor de um universo temático próprio e de soluções dramáticas que potencializam a representação cinematográfica.

São 15 os filmes realizados por Hitchcock no período assinalado, todos produzidos na Inglaterra natal, à exceção de Mary (31), a versão alemã de Assassinato, que foi produzido pela British International Pictures no ano anterior. As histórias não fogem ao tradicional menu do diretor, girando em torno de crimes, investigações e perseguições. O que chama a atenção é o Hitchcock amadurecido ao sobrepor plots em camadas no enredo, não descuidando das situações que servem de pano de fundo e com o já mencionado, e admirável, controle dos aspectos técnicos, desde a interpretação à montagem.



Tomemos Jovem e Inocente, de 1937. O filme trata do amor entre Erica e Robert, mas a trama de superfície envolve a morte de uma atriz e a procura de um casaco que é peça-chave para se desvendar o crime. Sim, ela foi assassinada – morte de causas naturais nos filmes de Hitchcock, ainda mais de uma diva, não dá. Robert surge como principal suspeito. O jovem aspirante a escritor encontra o corpo da vítima, de quem era amigo, na praia e vai parar na cadeia após o equivocado testemunho de pessoas que estavam no local do assassinato. Ele consegue fugir do tribunal durante um tumulto e, aos poucos, vai ganhando a confiança de Erica, a moça jovem por quem irá se apaixonar enquanto tenta provar sua inocência. Ela é filha do Sr. Burgoyne, o chefe de polícia, e isso cria uma interessante margem de ambigüidade para a personagem, interpretada por Nova Pilbeam, e para o conjunto do enredo. Sua convicção de que Robert é bom moço, despista Hitchcock, tanto pode decorrer da perícia adquirida ante a convivência com o ofício paterno ou do fato de estar caidinha pelo rapaz.

Por outro lado, é ela quem desde o início confia em Robert e se solidariza com ele. Erica o encontra, pela primeira vez, desmaiado na delegacia, portanto vulnerável. Ela vê o escritor como alguém frágil e incapaz para o delito. Podemos nos perguntar se o jovem e inocente do título aplica-se a ele ou a ela. Ou ao casal? Desde o primeiro momento há afinidade entre eles e promessa de ligação.

A resolução do crime torna-se passaporte para a união e rapidamente a narrativa ruma aos trilhos da comédia romântica, com toda a sorte de imprevistos e atropelos que só fazem aumentar a vontade de happy end do espectador. Aqui e ali escorre um clima meio Lubitsch, meio Capra. Mas os amores hitchcockianos, ficaria comprovado dali em diante, já trazia assinatura própria, com imbróglios de várias estirpes. Há, por exemplo, os amores vagabundos (Trama Macabra e Frenesi) e os amores fatais (Um Corpo que Cai e Janela Indiscreta). E aqueles em que mulheres (Marnie) ou homens (O Homem Errado) são, de algum modo, criaturas de alto risco para si e para o parceiro.

O personagem de Derrick de Marney em Jovem e Inocente é um pouco o homem errado que Henry Fonda interpreta no filme homônimo dos anos 50, afinal lá se repete uma situação qualquer de infeliz descaminho na vida do protagonista seguido de injusta acusação. Mas a amargura de Fonda passa longe do alto astral de Marney. Robert Cummings, em Sabotador (42), ou, ainda melhor, Robert Donat, em Os 39 Degraus (35), estão mais próximos. Ah, e a exemplo de Marney, os dois são criaturas de alto risco.

A sequência em que Erica descobre Robert a dormir, escondido, sob um monte de fenos numa casa abandonada é extremamente sensual e delicada. Ela traz um lanche para ele e a cena respira em clima de intimidade. A mínima aproximação entre os corpos é trabalhada como pequenos ritos de um pacto maior – o matrimônio ou simplesmente o envolvimento físico, digamos, mais direto? Talvez na fórmula, certeira, de Hitchcock caiba um pouco de cada um. E ainda um pequeno cachorro no papel de mascote sentimental.

Ainda no foco das relações amorosas, um tema que seria recorrente em outros filmes do cineasta. Ao lado da promessa de felicidade dos pombinhos pontua, não sem doses de humor, a abordagem do casamento como um problema, algo de que temos de nos ver livres, como ocorre no tribunal ou na movimentada passagem pela casa da tia de Erica. Mas movimentada mesmo é a fabulosa cena final, com o último nó do roteiro nos entregando o verdadeiro culpado em meio a uma fervilhante apresentação de músicos de jazz no hall de um hotel de luxo.

A câmera investe em tomadas de zoom até fechar em close opressor no rosto do réu. O ritmo das imagens acompanha o da tresloucada jam session. Quando a música desanda e vemos que o vilão será desmascarado, sentimos uma ponta de piedade porque sabemos que ele foi traído por uma piscadela compulsiva que o distingue, um tique nervoso nos olhos, ato involuntário, portanto uma fraqueza. Mas, lembre-se, é apenas Alfred Hitchcock a sangrar, com maestria, a moral cristã de sua audiência, dando-lhe em troca um desenlace de trama exemplar, onde até a letra da música de cena lança ventanas com mordaz ironia ao epitáfio do enredo. Poucos chegam a tanto, tão cedo.

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